Rivais dentro e fora de campo, a dupla Ba-Vi já protagonizou inúmeros momentos ao longo da história do futebol. No entanto, apesar dos conflitos, o apoio e clima amistoso entre as equipes parece estar mais forte do que nunca.
Através do podcast Sports Market Makers, o advogado André Sica, que faz parte do escritório CSMV, que foi o responsável pela implantação da SAF em alguns clubes brasileiros, contou alguns detalhes sobre os bastidores da relação entre Bahia e Vitória.
O profissional revelou uma fala do CEO do Bahia, Raul Aguirre, sobre uma possível transformação do Vitória em Sociedade Anônima do Futebol (SAF): “O futebol importante, é um futebol saudável. Eu preciso de um rival saudável aqui no nosso estado e eu vejo com ótimo olhos esse processo que o Vitória está passando”, revelou o advogado.
André Sica também elogiou a atual gestão do Leão, que vem de Série C, Série B, Série A e permanência nos últimos quatro anos, ressaltando a responsabilidade dos dirigentes. Além disso, também exaltou a estrutura e patrimônio do Vitória, que foi definido como “colosso”.
“Foi a atual gestão que colocou o Vitória no caminho. Tudo começou com uma reestruturação de dívidas. Então, eles fizeram um regime centralizado de execuções, desonerar folhas. (…) Tudo isso mostra a responsabilidade com o projeto. O Vitória entrou nessa rotação de revitalização do clube”, disse o advogado.
“Além da grandiosidade do clube em campo, o Vitória é um colosso em termos patrimoniais. O Vitória tem seis ou sete campos, campo de categoria de base, escolinha, tudo na mesma linha do Barradão. São milhares de metros quadrados a disponibilidade do próprio Vitória. O Barradão é um estádio construído dentro da própria natureza local,o que faz com que ele seja extremamente bem acabado. Transformar o Barradão em uma arena seria muito mais simples”, exaltou André Sica.
Com a possibilidade de transformação em SAF, a curiosidade sobre o modelo por parte dos torcedores do Vitória é enorme. Desta maneira, o profissional revelou os seus reais objetivos com o clube, além opinar sobre deixar o projeto atrativo para investidores.
“O meu objetivo e o meu trabalho é desenhar, justamente como eu falei, um processo de SAF, que seja palatável para o clube, e não precisa ser a curto prazo, pode ser longo prazo. É estudar os melhores modelos, que caiba dentro do objetivo do clube, dos torcedores, e ao mesmo tempo combine com os interesses de possíveis investidores. Ela tem que ter aquilo que você quer e aquilo que você pode”, finalizou o advogado.