Entrando em vigor nesta quarta-feira, 12, as tarifas de 25% sobre as importações dos Estados Unidos de aço e alumínio, estipuladas pelo presidente norte-americano Donald Trump, não devem afetar as obras na Bahia, conforme detalhou o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em entrevista ao Portal A TARDE.
“Não terá impacto negativo nas obras, porque o Brasil não importa aço dos Estados Unidos, o Brasil exporta aço para os Estados Unidos. Ou seja, a taxa é para o produto que sai daqui para lá. Isso eu não estou dizendo que é positivo para a economia brasileira, porque pode diminuir as exportações, mas para as obras o impacto não será negativo, explicou.
Rui declarou que caso haja algum tipo de implicação nas construções, pode ser algo positivo. “Se houver impacto, eu não sei se haverá porque eu não sei se as empresas vão baixar o preço do aço, será na redução de preço, já que vai estar sobrando o produto no Brasil”, afirmou.
Na Bahia, as grandes obras como a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na capital e a Ponte Salvador-Itaparica seguem o mesmo ritmo do resto do Brasil e não serão afetadas.
“É evidente que toda e qualquer taxa que outros países colocarem sobre os produtos brasileiros, diminui o volume exportado e isso não é bom para a economia. Agora, no caso do aço, por exemplo, não aumenta os custos da construção, pois pode ser que aumente a quantidade de produto no país, não consiga exportar tudo e coloque no mercado brasileiro”, ressaltou.
A taxação do governo Trump vale para todos os parceiros comerciais dos EUA, incluindo o Brasil, que atualmente é o terceiro maior fornecedor de aço para os norte-americanos, atrás apenas de Canadá e México.
“De acordo com suas ordens executivas anteriores, uma tarifa de 25% sobre aço e alumínio, sem exceções ou isenções, entrará em vigor para o Canadá e todos os nossos outros parceiros comerciais à meia-noite de 12 de março”, disse o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai.