O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser indiciado no relatório da Polícia Federal (PF) junto com militares envolvidos na elaboração, no planejamento e na tentativa de execução de um golpe militar no país para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Conforme apuração do jornalista Valdo Cruz, da Globonews, a PF deve fechar o primeiro relatório dos atos golpistas nesta quinta-feira, 21, e encaminhá-lo para o seu relator no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que irá encaminhar o documento para parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O PGR decide se já faz uma denúncia ao STF ou pede novas investigações.
Segundo investigadores, o relatório está muito bem embasado, trará novidades e “apontará a responsabilização de Bolsonaro e dos demais, de maneira contundente”. Não deve haver pedido de prisão no relatório final, que poderá ser complementado posteriormente, principalmente depois da operação Contragolpe realizada nesta semana.
Em público, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro dizem que ele não tem nada a temer, mesmo com a operação desta semana revelando que militares planejaram o assassinato do presidente Lula, seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. Nos bastidores, o clima é outro, de apreensão e tensão com a proximidade do fim do inquérito dos atos golpistas com um indiciamento de Bolsonaro.