A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (6) abandonar o alinhamento automático com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o presidente da sigla, Carlos Lupi, ser exonerado do Ministério da Previdência.
Lupi pediu demissão do cargo devido ao escândalo de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo informações, membros da sigla afirmaram que o partido não passará a integrar a oposição, nem fará parte automaticamente da base aliada ao Planalto, mas que os deputados terão uma posição “independente”.
A bancada do PDT na Câmara demonstrou indignação com a saída de Carlos Lupi da Esplanada dos Ministérios. Dentro da sigla, a demissão foi recebida como o ápice de um processo de fritura público e um “desrespeito” ao partido.
O partido, que tem 17 deputados atualmente, faz parte da base aliada do Planalto desde a posse de Lula, em 2023.
Em reunião com os deputados da sigla nesta terça-feira (6), Carlos Lupi comentou sobre os esforços de sua gestão para combater fraudes no INSS. Ele também se defendeu de acusações sobre possíveis omissões e disse que as investigações não vão revelar qualquer conduta ilegal praticada por ele, destacando que não foi citado nas investigações.