Nomeado na semana passada, o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), prepara trocas na pasta. Wolney deve fazer mudanças em cargos estratégicos da equipe que havia sido nomeada por Carlos Lupi (PDT).
Segundo a coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, o novo ministro pretende trocar, o chefe de gabinete de Lupi, Marcelo Oliveira Panella. O próprio Panella, de acordo com fontes do PDT, teria comunicado a Wolney o desejo de deixar o cargo.
O novo titular da pasta também pretende fazer mudanças na Secretaria do Regime Geral de Previdência Social, que cuida diretamente do INSS. O atual secretário, Adroaldo Portal, deve deixar o cargo.
De acordo com interlocutores, Wolney pretende levar Adroaldo para “mais perto” do gabinete ministerial. O secretário poderá assumir a chefia de gabinete ou uma assessoria especial do ministro.
Demissão de Lupi
Carlos Lupi, pediu demissão da chefia do Ministério da Previdência na sexta-feira, 2, após reunião com o presidente Lula (PT), no Palácio do Planalto. A queda do presidente nacional do PDT da pasta acontece após o escândalo do desvio bilionário de recursos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Nas redes sociais, o agora ex-ministro agradeceu ao petista pela confiança em seu trabalho e diz que nunca esteve vinculado com a fraude do órgão.
“Tomo esta decisão com a certeza de que o meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades do INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, escreveu Lupi em um card publicado no X (antigo Twitter).
Fraude do INSS
A Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, investiga um suposto esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da Controladoria Geral da União (CGU) cumpriram 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.
As investigações da PF identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.
O rombo nas contas dos aposentados e pensionistas chegou a R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024.