Em meio a uma fase delicada no Campeonato Brasileiro, o Vitória volta suas atenções para a Copa Sul-Americana, onde enfrenta a Universidad Católica, em Quito, em jogo decisivo por uma vaga nos playoffs. Em coletiva na última terça-feira, 27, o experiente atacante Osvaldo comentou sobre o momento do clube, reforçou a união do grupo e falou sobre os desafios da altitude e da sequência de partidas.
“Já passei por fases piores aqui no Vitória. E a gente conseguiu dar a volta por cima com muito trabalho e principalmente com o apoio do nosso torcedor, que tem sido fundamental. Agora, vamos precisar ainda mais desse apoio”, destacou o atacante.
Apesar do cenário desfavorável, Osvaldo refutou a ideia de “terra arrasada” e relembrou a importância histórica da classificação para o clube.
“Não vejo essa terra arrasada que estão falando. A gente está disputando uma competição que muitos sonharam. O presidente sonhou, nós jogadores sonhamos. Estamos vivos na Sul-Americana e temos totais condições de passar de fase. Quantos anos faz que o Vitória não chega a um momento como esse em um torneio internacional?”, questionou.
O camisa 11 também respondeu sobre a preparação para encarar a altitude de Quito, de de 2.500 metros, uma das preocupações da comissão técnica.
“É um jogo complicado, não só pela altitude. Vamos enfrentar uma equipe forte, de muita transição. Precisamos estar atentos aos detalhes, é onde temos pecado e sofrido gols. Mas temos trabalhado o lado mental com nossa psicóloga e estamos prontos para competir”, garantiu.
Osvaldo, que já conquistou a Sul-Americana de 2012 com a camisa do São Paulo, lembrou o valor emocional de disputar novamente a competição.
“Particularmente, jogar a Sul-Americana é sempre especial. Já conquistei esse título e sei o quanto significa. Estou próximo de encerrar minha carreira, então cada jogo tem um peso enorme. Passa um filme na minha cabeça de 18 anos atrás”, comentou.
O atacante também comentou sua maior sequência de minutos em campo na temporada 2025, após ter enfrentado um quadro de tromboembolismo pulmonar, que o afastou por quatro meses.
“Foi difícil. Fiquei praticamente 30 dias parado e quase quatro meses sem minutagem. Mas tive paciência e resiliência. Respeitei meus companheiros e comissão. Hoje me sinto bem fisicamente, ajudando, contribuindo como posso, seja jogando 70, 15 ou 10 minutos”, afirmou.
Mesmo após duas derrotas no Brasileirão para o Bahia e o Santos, Osvaldo viu evolução na equipe e minimizou a má fase. Ele enalteceu o trabalho feito pelo grupo rubro-negro na temporada e crê em dias melhores.
“Contra o Bahia, fizemos um primeiro tempo abaixo, mas melhoramos no segundo. Contra o Santos, sofremos o gol no nosso melhor momento. Foram detalhes. Não vejo como dois jogos ruins. A gente tem totais condições de fazer um jogo competitivo amanhã e se classificar”, declarou.
“Nosso grupo é trabalhador, respeitoso, unido. Vamos dar o máximo em campo. A classificação pode marcar a história de todos nós aqui dentro. Só depende da nossa força”, concluiu.